sábado, 21 de julho de 2012

NOVA FORMA DE MEDIR A RIQUEZA



Vejam esta matéria que saiu na Folha de São Paulo no dia 18/06/12 sobre as novas formas da ONU medir a riqueza de um país e o que é mais impressionante, o Brasil focou na quinta posição.  Pena que nestes índices eles também não medem a desigualdade social. Outro ponto interessante é que eles falam em sustentabilidade, como se a natureza (parte do meio ambiente) fosse única e exclusivamente o fator de análise, eles acabam esquecendo que um dos princípios da sustentabilidade também aborda a "distribuição equitativa dos resultados do desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida". 
Quando nós veremos isso como brasileiros, com uma educação sendo cada vez mais sucateada (greves nas federais entre outros aspectos...). Sabemos que a melhor forma de inclusão social e distribuição de renda é pela educação, mas nós, brasileiros, pouco nos importamos com isso. Até quando? 


OBS: pessoal me desculpem pelo final deste meu comentário foi um desabafo!!!





ONU cria outra forma de medir riqueza; Brasil fica em 5ª posição

SABINE RIGHETTI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO



A ONU lançou no domingo (17) na Rio+20 uma nova forma para avaliar o desempenho econômico dos países. A diferença para os índices existentes, como PIB (Produto Interno Bruto) e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é que nesse os recursos naturais entram na conta.
A métrica, batizada de IRI (Índice de Riqueza Inclusiva), inclui, no cálculo do crescimento econômico dos países, recursos como áreas agrícolas, florestas, combustíveis fósseis e reservas minerais.

Eles compõem o indicador de recursos naturais, um dos quatro analisados pelo IRI (veja infográfico).


O objetivo, dizem os criadores da fórmula, é analisar o desempenho da economia e abater da conta a quantidade de patrimônio natural que os países perdem, à medida que o PIB cresce.
"Há países que tiveram um crescimento recente do PIB explorando seus recursos naturais. Mas essas fontes são esgotáveis", explica Anantha Duraiappah, diretor executivo do Programa Internacional de Dimensões Humanas da Universidade das Nações Unidas, que criou o índice.
A equipe da ONU analisou, no período de 1990 a 2008, o desempenho do IRI em 20 países dos cinco continentes --incluindo o Brasil. Esses países somam 56% da população e 72% do PIB mundial.

POSIÇÃO BRASILEIRA
O Brasil está em 5º lugar na média de crescimento do IRI per capita no período avaliado (com crescimento de 0,9%), empatado com Japão, Reino Unido e Índia. Trocando em miúdos: o Brasil obteve o 5º melhor crescimento econômico com sustentabilidade no período.
Mas isso não é exatamente uma boa notícia. De acordo com a ONU, o Brasil perdeu 25% dos seus recursos naturais de 1990 a 2008. Isso significa que o IRI do Brasil pode cair no futuro.
Dos 20 países, 14 estão crescendo no IRI, ou seja, estão conseguindo progredir ao mesmo tempo em que preservam suas riquezas naturais.
O melhor índice foi o da China, com 2,1% de crescimento no período. Já a Nigéria, país com pior desempenho, teve uma queda de 1,8%, mas seu PIB per capita aumentou de 2,5% no mesmo recorte temporal.
"Isso mostra que analisar o PIB per capita não é suficiente para avaliar se a economia de um país é sustentável", explica Duraiappah.

COMPETIÇÃO
A ideia do IRI, dizem seus criadores, não é "concorrer" com o PIB ou com o IDH, mas sim possibilitar novas formas para analisar o desempenho dos países, principalmente a longo prazo.
"São métricas complementares", afirmou Pablo Muñoz, diretor científico do UNU-IHDP. O indicador é uma resposta da ONU às críticas de que o PIB, principal métrica econômica vigente, está desatualizado. "O PIB é um pouco defasado, pois foi criado no pós-guerra, em outro contexto histórico", disse.
O IRI não concorre com alternativas como o FIB (Felicidade Interna Bruta), adotado no Butão, que considera o bem-estar das pessoas. "O FIB avalia as pessoas e não a situação macroeconômica do país. São objetivos diferentes", diz Duraiappah.

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